sexta-feira, 30 de abril de 2010
Palestra sobre Evangelização Espírita
FEPI lança Campanha Permanente de Evangelização Infantil
A Diretora de Infância e Juventude, Cristina Miranda, ressaltou em sua fala a importância da evangelização infantil na educação integral dos jovens e realizou um panorama sobre a evangelização no Piauí.
Logo após, a coordenadora infantil, Paloma Barbosa, apresentou o projeto da campanha permanente, destacando os principais objetivos do projeto e metodologia de execução. Após a apresentação, aconteceu mesa redonda onde foram discutidos diversos aspectos sobre a importância da evangelização e a atuação dos centros espíritas neste trabalho.
terça-feira, 20 de abril de 2010
Palestras da semana na Federação Espírita Piauiense
21/04/2010(quarta-feira) - 16h - Dinâmica do Perdão - Expositor: Paulo Cunha
23/04/2010 (sexta-feira) - 19h - Uma Receita de Vida - Richard Simonetti
24/04/2010 (sabado) - 14h - Trabalho, Solidariedade
e Tolerância Richard Simonetti
25/04/2010 (domingo) 18h Suicidio Mariano Sampaio
sábado, 17 de abril de 2010
Dia Nacional do Espiritismo: projeto já está pronto pra ser apreciado e votado no Senado
Marconi Perillo foi o autor do requerimento para realização da sessão solene em homenagem ao centenário de Chico Xavier.
Ao homenagear o líder espírita mineiro Chico Xavier, o senador Marconi Perillo (PSDB-GO) citou outro espírita renomado, o baiano Divaldo Franco, para destacar que o mineiro foi o "maior apóstolo do espiritismo nos séculos 20 e 21", tendo se tornado "a própria missão". Perillo é autor do requerimento para realização da sessão especial em homenagem ao centenário de nascimento de Francisco Cândido de Paula Xavier, nesta quinta-feira (15).
- Sua aura emanava a paz da alma e do coração. Esse poder irradiador inspirou espíritas no Brasil e no mundo a buscar a paz e a solidariedade, tanto que sua obra permanece sendo divulgada mesmo após a sua morte - disse, lembrando que o trabalho realizado pelo Grupo Espírita da Prece, em Uberaba (MG), onde Chico atendia milhares de pessoas diariamente prossegue.
O representante por Goiás afirmou que Chico Xavier publicou 451 títulos, com mais de 50 milhões de exemplares comercializados em diversas línguas. O próprio Chico, porém, esclareceu o senador, negava a autoria das obras, atribuindo-as aos espíritos que as ditavam, entre os quais seu principal mentor, Emmanuel. O senador também salientou que os ganhos relativos aos direitos autorais foram doados a instituições de caridade.
Para Marconi Perillo, Chico Xavier tem a mesma estatura de figuras dedicadas à causa humanitária, como Madre Teresa de Calcutá; Mahatma Gandhi; e Irmã Dulce, no Brasil. E disse que Chico Xavier, ao lado do ex-presidente Juscelino Kubitschek e do inventor Santos Dumont recebeu, em 2000, o título de "Cidadão do Século 20".
Marconi Perillo relembrou ainda passagem da vida de Chico Xavier na qual, graças a uma mensagem psicografada por ele, um juiz teria inocentado João Divino, em Goiânia, pelo assassinato acidental de seu amigo Maurício Garcez Henrique, em 1976.
Ao mencionar que Cristo pediu aos cristãos algo simples, "que amassem uns aos outros como a si mesmos", o senador encerrou seu discurso citando algumas lições de Chico Xavier: "Fora da caridade não há salvação"; "Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo final, qualquer um pode voltar atrás e fazer novo começo" e na sequência: "Lembremo-nos de que o homem interior se renova sempre."
O parlamentar encerrou seu discurso lembrando que sem o "amor aos semelhantes" é difícil combater as diferenças sociais, as drogas, o crime e a marginalidade. Ressaltou a importância da família como núcleo de apoio às crianças e também como instituição onde são ensinados valores como dignidade, honra e solidariedade.
Da Redação / Agência Senado
sexta-feira, 16 de abril de 2010
Diretores da FEPI participam de Reunião Nacional da FEB
Na reunião foram discutidos o plano de trabalho para o Movimento Espírita Brasileiro (2007-2012) com informações das quatro regiões onde os representantes realizaram avaliações e estratégias com base nas diretrizes de trabalho da FEB. Durante o evento, o secretário-geral do Conselho Federativo Nacional, Antonio César Perri entregou o Manual de Orientação aos Órgãos de Unificação a todos os participantes. “Este manual surge como fundamentação para ações federativas e contém subsídios para a montagem de capacitação de dirigentes e trabalhadores para as atividades dos órgãos federativos e de unificação do movimento espirita”, disse Perri.
No período de quinta-feira(15) a domingo (18) acontece o III Congresso Espírita Brasileiro no Centro de Convenções Ulysses Guimarães como tema “Centenário de Chico Xavier - Mediunidade e Caridade com Jesus e Kardec.
Noite memorável para o Movimento Espírita de Parnaíba
A Câmara Municipal de Parnaíba em sua última sessão do mês de abril (15.04), recebeu os espíritas parnaibanos, para juntos homenagearem Chico Xavier pela passagem de seu centenário de nascimento.
A solenidade teve início as 19:30 horas, com a participação dos representação das oito instituições espíritas de Parnaíba e vereadores do legislativo parnaibano.
O presidente da Câmara, João Câncio Neto, abriu a solenidade reportando-se as comemorações ocorridas em todo o Brasil por diversas instituições, inclusive no Senado Federal e que Parnaíba, atenta as comemorações e atendendo a solicitação do movimento espírita, não poderia deixar de participar desse momento importante para o cenário nacional, pelo muito que representou Chico Xavier, não só para o movimento espírita, como também, para a sociedade, pelos exemplos de amor e de caridade por ele exemplificados.
A cantora Vera Lúcia da Costa Ribeiro, abrilhantou a solenidade com músicas de sua autoria: o Pai Nosso em forma de prece musicada e a música - Seguindo a Caridade - em homenagem a Chico Xavier.
Dora Rodrigues, coordenadora de divulgação do movimento espírita, lembrou o trabalho do médium, Chico Xavier, materializando as idéias dos espíritos através dos inúmeros livros psicografados; do consolo aos familiares em dor diante da perda de entes queridos; da caridade aos mais necessitados e da caridade maior à Doutrina Espírita: a divulgação, através das inúmeras obras deixadas pelo médium.
Na sequência, Marco David da Silva Nery, 3º vice-presidente da Federação Espírita Piauiense, falou sobre a importância de tão singela homenagem para o movimento espírita da cidade de Parnaíba e apresentou de forma sucinta, a Doutrina Espírita no seu tríplice aspecto. Encerrando sua fala, agradeceu em nome da Federação Espírita Piauiense, na pessoa de sua presidenta, Rosa Maria, a homenagem do Poder Legislativo parnaibano.
Encerrando a solenidade, o presidente da Câmara Municipal lembrou o ensinamento de Chico Xavier – tolerância – como uma das práticas a ser vivenciada dentre os membros daquela casa e fez referência ao livro sobre o filme - Chico Xavier - narrando interessante fato vivenciado entre Chico Xavier e alguém que buscava aconselhamento e finalizou dizendo que, independente da crença de cada um, o que deveria ser buscado por todos naquela casa, era a prática do bem.
Encerrada as homenagens, o cerimonial fez o anúncio de um coquetel que seria servido aos presentes, oferecido pela Prefeitura Municipal de Parnaíba, através do vice-prefeito municipal, Florentino Veras Neto, que não pode estar presente em virtude de viagem a capital.
terça-feira, 13 de abril de 2010
Confira as palestras da semana no Centro Espirita Paulo de Tarso
17/04/2010 (sabado) - 18h - Tema Livre - Expositor: Amélia Costa
Maiores informações no Centro Espírita Paulo de Tarso localiza-se na Rua Manoel Domingues, 2436 - próximo ao Clube do Professor no Marquês ou pelo telefone 9413-4974.
Peças de teatro encerram 4ª Semana Chico Xavier em Teresina
A primeira peça é uma adaptação do romance Memórias de um Suicida, eleito, em 2000, um dos dez livros espíritas mais importantes do século XX. Camilo Cândido Botelho, ilustre romancista, vê-se atormentado pela escuridão que uma súbita cegueira lhe impõe e, desesperado, precipita-se no abismo do suicídio. Só que a morte não extingue a vida, e ele se depara com uma realidade ainda mais dolorosa do que a anterior. Surpreendido por um grupo de criaturas sinistras, vê-se em meio a outros suicidas, sofrendo as mais penosas agressões. A partir daí, é hora de procurar ajuda e encontrar o caminho da superação.
Na segunda peça, está em pauta a poesia mediúnica, um assunto que divide opiniões entre literatos e admiradores da arte. O debate se volta para a coletânea Parnaso de Além Túmulo, do então comerciante mineiro Chico Xavier, que trazia a assinatura de diversos poetas mortos. A busca pela verdade leva José Plácido, Gumercindo e Carolina Ferreira a uma investigação cada vez mais profunda sobre os estilos poéticos e sobre a vida de Xavier. Charlatanismo, inconsciente ou mediunidade? A conversa evolui para debates e finalmente para desentendimentos, enquanto eles degustam xícaras de café ‘DuBão’, servido pelo carismático e atrapalhado garçom Perácio. Ao longo da trama, fatos marcantes da vida do médium mineiro trazem ao palco a sensibilidade e a emoção que marcaram sua vida. O texto do jornalista Romário Fernandes e do oficial militar do Corpo de Bombeiros Edir Paixão, com a colaboração do diretor e dramaturgo Reginauro Sousa, traz uma bela reflexão sobre a vida e a obra do “Mineiro do Século”.
Os ingressos estão sendo vendidos na Livraria Ramiro Gama na Federação Espírita Piauiense no horário comercial. Maiores informações pelos telefones: (86) 3221-2500/8812-7091/8804-2847/9928-0034.
FEPI transmite 3º Congresso Espírita Brasileiro
segunda-feira, 12 de abril de 2010
Confira as palestras da Semana na FEPI
14/04/2010 (quarta-feira) - 16h - O Papel da Mulher na Família - Expositor: Edite Malaquias
16/04/2010 (sexta-feira) - 19h - A Maior Caridade - Expositor: sônia Maria
18/04/2010 (domingo)- 18h - A Doença na Visão Transpessoal - Expositor: Diana Márcia
sexta-feira, 9 de abril de 2010
Carta de Simonetti apontando erros na Super Interessante sobre Chico Xavier
Senhor Sérgio Gwercman
Diretor de redação da revista Super Interessante
Sou assinante dessa revista há muitos anos. Sempre a encarei como publicação séria, fonte de informações a oferecer subsídios para meu trabalho como escritor espírita, autor de 49 livros publicados.
Essa concepção caiu por terra ao ler, na edição de abril, infeliz reportagem sobre Francisco Cândido Xavier, pretensiosa e tendenciosa, objetivando, nas entrelinhas, denegrir e desvalorizar o trabalho do grande médium.
Isso pode ser constatado já na seção “Escuta”, com sua assinatura, em que V.S. pretende distinguir respeito de reverência, como se reverência não fosse o respeito profundo por alguém, em face de seus méritos.
Podemos e devemos reverenciar Chico Xavier, não por adesão de uma fé cega, mas pela constatação racional, lúcida, lógica, de que estamos diante de uma personalidade ímpar, que fez mais pelo bem da Humanidade do que mil edições de Superinteressante, uma revista situada como defensora do bom jornalismo, mas que fez aqui o que de pior existe na mídia – a apreciação superficial e tendenciosa a respeito de alguém ou de uma notícia, com todo respeito, como pretende seu editorial, como se fosse possível conciliar o certo com o errado, o boato com a realidade, o achincalhe com o respeito.
Para reflexão da repórter Gisela Blanco e redatores dessa revista que em momento algum aprofundaram o assunto e nem mesmo se deram ao trabalho de ler os principais livros psicografados pelo médium, sempre com abordagem superficial, pretendendo “explicar” o fenômeno Chico Xavier, aqui vão alguns aspectos para sua reflexão e – quem sabe? – um cuidado maior em futuras reportagens.
De onde a repórter tirou essa bobagem de que “toda essa história começou com as cartas dos mortos?”
Se as eliminarmos em nada se perderá a grandeza de Chico Xavier. A história começa bem antes disso, com a publicação, em 1932, do livro Parnaso de Além-Túmulo, quando o médium tinha apenas 22 anos.
A reportagem diz: “Ele dizia que não escolhia os espíritos a quem atenderia, só via fantasmas e ouvia vozes. Mas parecia ser o escolhido por celebridades do céu. Cruz e Souza, Olavo Bilac, Augusto dos Anjos e Castro Alves lhe ditaram versos e prosa.”
Afirmativa maliciosa, sugerindo o pastiche, a técnica de copiar estilo literário. O repórter não se deu ao trabalho de observar que no próprio Parnaso há, nas edições atuais, 58 poetas desencarnados, menos conhecidos e até desconhecidos, como José Duro, Alfredo Nora, Alma Eros, Amadeu, B.Lopes, Batista Cepelos, Luiz Pistarini, Valado Rosa… Poetas do Brasil e de Portugal que se identificam pelo seu estilo, em poesias personalíssimas enriquecidas por valores de espiritualidade.
Não sabe ou preferiu omitir a repórter que Chico psicografou poesias de centenas de poetas desencarnados, ao longo de seus 75 anos de apostolado, na maior parte poetas provincianos, conhecidos apenas nas cidades onde residiam no interior do Brasil. Pesquisadores constatam que esses poemas não são “razoavelmente fiéis ao estilo dos autores”. São totalmente fiéis.
Não tem a mínima noção de que a técnica do pastiche, a imitação de estilo literário, é extremamente difícil, quase impossível. Pastichadores conseguem imitar uma página, uma poesia de alguém, jamais toda uma obra ou as obras de centenas de autores.
Afirma que Chico foi autodidata e leitor voraz durante toda a vida, sempre insinuando o pastiche. Leitor voraz? Passava os dias lendo? Só quem não conhece sua biografia pode falar uma bobagem dessa natureza, já que Chico passava a maior parte de seu tempo atendendo pessoas, psicografando, participando de reuniões e atendendo à atividade profissional. Não conheço um único documentário, uma única foto mostrando Chico lendo “vorazmente”. Ah! Sim! Para a repórter Chico certamente escondia isso.
Fala também que Chico teria 500 livros em sua biblioteca e que “a lista inclui volumes de autores cujo espírito o teria procurado para escrever suas obras póstumas, como Castro Alves e Humberto de Campos”.
E as centenas de poetas e escritores que se manifestaram por seu intermédio. Chico tinha livros deles? E de poetas que sequer publicaram livros?
Quanto a Humberto de Campos, cuja família tentou receber na justiça os direitos autorais pelas obras psicografadas por Chico, o que seria ótimo acontecer, o reconhecimento oficial da manifestação dos Espíritos, esqueceu-se a repórter de informar que Agripino Grieco, o mais famoso crítico literário de seu tempo, recebeu uma mensagem do escritor, de quem era amigo. Reconheceu que o estilo era autenticamente de Humberto de Campos, mas que o fato para ele não tinha explicação, já que, como católico praticante, não admitia a possibilidade de manifestação dos espíritos.
Esqueceu ou ignora que Chico, médium psicógrafo mecânico, recebia duas mensagens simultaneamente, com ambas as mãos sendo usadas por dois espíritos. Desafio Superinteressante a encontrar um prestidigitador capaz de fazer algo semelhante.
Uma pérola de ignorância jornalística está na referência sobre materialização de Espíritos: “seria necessário produzir um total de energia duas vezes maior do que é hoje produzido pela hidroelétrica de Itaipu por ano, segundo os cálculos feitos por especialistas exibidos por reportagens sobre Chico nos anos 70.” Seria superinteressante a repórter ler sobre as pesquisas de Alfred Russel Wallace, Oliver Joseph Lodge, Lord Rayleigh, William James, William Crookes, Ernesto Bozzano, Cesare Lombroso, Alexej Akzacof e muitos outros cientistas respeitáveis que estudaram o fenômeno da materialização e o admitiram. Leia, também, sobre quem eram esses cientistas, para constatar que não agiam levianamente como está na revista.
A repórter reporta-se às reuniões mediúnicas das quais Chico participava como shows que o tornaram famoso e destila seu veneno. Cita o sobrinho de Chico que, dizendo-se médium, confessou que era tudo de sua cabeça, o mesmo acontecendo com o tio. Por que passar essa informação falsa, se o próprio sobrinho de Chico, notoriamente perturbado e alcoólatra, pediu desculpas pela sua mentira? Joga penas ao vento e espera que o leitor as recolha? Omitiu também a informação de que ele confessou que pessoas interessadas em denegrir o médium pagaram-lhe pela acusação.
Eram frequentes nas reuniões a ocorrência de fenômenos como a aspersão de perfumes no ambiente, algo que, deveria saber a repórter, costuma ocorrer com os médiuns de efeitos físicos. No entanto, recusando-se a colher informações mais detalhadas sobre o assunto, limitou-se a dizer que em 1971 um repórter da revista Realidade, José Hamilton Ribeiro, denunciou que viu um dos assessores de Chico Xavier levantar o paletó discretamente e borrifar perfume no ar. Sugere que havia mistificação, aliás, uma tônica na reportagem. Por que não foram consultadas outras pessoas, inclusive centenas que tiveram seus lenços inexplicavelmente encharcados de perfume ou a água que levavam para magnetizar, a exalar também um olor suave e desconhecido que perdurava por muitos dias?
Na questão das cartas, milhares e milhares de cartas de Espíritos que se comunicavam com os familiares, sugere a repórter que assessores de Chico conversavam com as pessoas, anotando informações para dar-lhes autenticidade. Lamentável mentira. E ainda que isso acontecesse, Chico precisaria ser um prodígio para ler rapidamente as informações e inseri-las no contexto de cada mensagem, de cada espírito, mistificando sempre.
E as mensagens dirigidas a pessoas ausentes? E os recados aos presentes? Não eram só mensagens. Eram incontáveis recados. A pessoa aproximava-se de Chico e ele, sem conhecer nada de sua vida, transmitia recados de familiares desencarnados, na condição de um ser interexistente, que vivia simultaneamente a vida física e a espiritual, em contato permanente com os Espíritos.
Lembro o caso de um homem inconformado com a morte de um filho. Ia toda noite deitar-se na sepultura do rapaz, querendo “ficar com ele”. Não contava a ninguém, nem mesmo aos familiares. Em Uberaba recebeu mensagem do filho pedindo-lhe que não fizesse isso, porquanto ele não estava lá.
Durante muitos anos Chico psicografou receituário mediúnico de homeopatia. Perto de 700 receitas numa noite. Ficava horas psicografando. E os medicamentos correspondiam à natureza do mal dos pacientes, sem que o médium deles tivesse o mínimo conhecimento. Na década de 70 tive uma uveíte no olho esquerdo. Compareci à reunião de receituário. Escrevi meu nome e idade numa folha de papel. Não conversei com ninguém. Após a reunião recebi a indicação de dois medicamentos. Tornando a Bauru, onde resido, verifiquei num livro de homeopatia que o dois medicamentos diziam respeito ao meu mal. Curaram-me.
Concebesse a repórter que, como dizia Shakespeare, há mais coisas entre a Terra e o Céu do que concebe nossa vã sabedoria, e não se atreveria a escrever sobre assuntos que desconhece, com o atrevimento da ignorância.
Outras “pérolas” da reportagem:
Oferece “explicações” lamentáveis para o fenômeno Chico Xavier.
Psicose, confundindo mediunidade com anormalidade.
Epilepsia, descarga elétrica que “poderia causar alheamento, sensação de ausência, automatismo psicomotor”, segundo a opinião de um médico. Descreve algo inerente ao processo mediúnico, que não tem nada a ver com desajuste mental, ou imagina-se que o contato com o Espírito comunicante não imponha uma alteração nos circuitos cerebrais, até para que ocorra a manifestação? E porventura o médico consultado sabe de algum paciente que produza textos mediúnicos durante a crise epilética?
Criptomnésia, memórias falsas, lembranças escondidas no subconsciente do médium, ao ouvir informações sobre o morto. Inconscientemente ele “arranjaria” essas informações para forjar a “manifestação”.
Telepatia. Aqui o médium captaria informações da cabeça dos consulentes e as fantasiaria como manifestação do morto. Como dizia Carlos Imabassahy, grande escritor espírita, “inconsciente velhaco”, porquanto sempre sugere que é um morto quem se manifesta, não ele próprio.
Informa a repórter que “acuado pelas críticas na Pedro Leopoldo de 15 mil habitantes, Chico resolveu fazer as malas e partir para Uberaba, um polo do Espiritismo onde contaria com um apoio de amigos”.
Mentira. Ele deixou Pedro Leopoldo, onde tinha muitos amigos, não por estar “acuado”, mas simplesmente seguindo uma orientação do Mundo Espiritual, em face de tarefas que desenvolveria em Uberaba que, então sim, com sua presença transformou-se em “polo do Espiritismo”.
Na famoso pinga-fogo a que Chico compareceu, em 1971, na TV Tupi, um marco na história das entrevistas televisivas, com uma quase totalidade de audiência, diz a repórter que Chico foi “bombardeado por perguntas. Mas se safou.” Bombardeado? Safou-se? O que foi essa entrevista, um libelo acusatório contra um mistificador? Se a repórter se desse ao trabalho de ver a entrevista toda, o que lhe faria muito bem, verificaria que o clima foi de cordialidade, de elevada espiritualidade, e que em nenhum momento os entrevistadores “bombardearam” Chico. E em nenhum momento ele deixou de responder as perguntas com a sobriedade e lisura de quem não está ali para safar-se, mas para ensinar algo de Espiritismo.
Falando da indústria (?) Chico Xavier, há um box sobre “Dieta do Chico Xavier”, que jamais seria veiculada por Chico. Usaram seu nome. Por que incluí-la nas inverdades sobre o médium, simplesmente para denegrir sua imagem, aqui sugerindo que seria ingênuo a ponto de conceber semelhante bobagem? Se eu divulgar via internet que Superinteressante recomenda o uso de cocô de galinha para deter a queda de cabelos, seria razoável que alguma revista concorrente citasse essa tolice, mencionando a suposta autoria, sem verificação prévia?
Falando dos 200 livros biográficos sobre Chico Xavier, a repórter escreve: “Tem até um de piadas, Rindo e Refletindo com Chico Xavier”. Certamente não leu o livro, porquanto não conhece nem o autor, eu mesmo, Richard Simonetti, nem sabe que não se trata de um livro de piadas, mas um livro de reflexão em torno de ensinamentos bem-humorados do médium.
Não fosse algo tão lamentável, tão séria essa agressão contra a figura respeitável e venerável de Chico Xavier, eu diria que essa reportagem, ela sim, senhor redator, foi uma piada de péssimo gosto!
Doravante porei “de molho” as informações dessa revista, sem o crédito que lhe concedia.
A repórter Gisela Branco esteve em Pedro Leopoldo e Uberaba com o propósito de situar Chico Xavier como figura mitológica. É uma pena! Não teve a sensibilidade nem o discernimento para descobrir o médium Chico Xavier, cuja contribuição em favor do progresso e bem estar dos homens foi tão marcante que, a exemplo do que disse Einstein sobre Mahatma Gandhi, “as gerações futuras terão dificuldade para conceber que um homem assim, em carne e osso, transitou pela Terra.”
E deveria saber que não vemos Chico Xavier como um mártir, conforme sugere. Não morreu pelo Espiritismo. Viveu como espírita. E se algo se aproxima de um martírio em seu apostolado, certamente foi o de suportar tolices e aleivosidades como aquelas presentes na citada reportagem.
Finalizando, um ditado Zen para reflexão dos redatores da Super:
O dedo aponta a lua.
O sábio olha a lua.
O tolo olha o dedo.
Richard Simonetti
Bauru, 3 de abril de 2010.
segunda-feira, 5 de abril de 2010
Câmara de Parnaíba homenageará Chico Xavier
Durante a primeira sessão deste mês de abril, o legislativo municipal, aprovou requerimento enviado pelo movimento espírita de Parnaíba, que solicitava sessão especial em homenagem ao centenário do médium mineiro.
A sessão será realizada no dia 15 de abril, último dia de sessão na câmara parnaibana, com a presença de espíritas vinculados, a pelo menos, oito casas espíritas de Parnaíba.Fonte: http://www.proparnaiba.com.br/noticias/camara-de-parnaiba-homenageara-chico-xavier.html