A Justiça do Rio  Grande do Sul autorizou uma gestante de Porto Alegre a fazer o aborto  de um feto anencéfalo (sem o cérebro). O juiz responsável pelo caso,  Leandro Raul Klippel, afirmou que o procedimento vai preservar a saúde  física e psicológica da mulher.
De acordo com a Justiça, exames apontaram que o feto tem má-formação do crânio e que o fígado e o coração estão expostos.
Para o juiz, a legislação que proíbe o aborto pressupõe a presença de um feto com "viabilidade de vida", o que não é o caso da gestante.
Ele falou ainda que não iria entrar em "discussões religiosas éticas ou morais" no caso e que apenas levaria em conta aspectos médicos e jurídicos. A decisão foi expedida na segunda-feira (26).
O Supremo Tribunal Federal ainda analisa a autorização de aborto para casos do tipo. 
Fonte: Folha.com
 Aborto dos Chamados "Anencéfalos": uma Violência sem Fundamento
Não existem razões que justifiquem o aborto dos chamados  “anencéfalos”, e as justificativas usadas não apresentam consistência  científica, legal e muito menos ética.
A começar que não existem os “anencéfalos”, porque o termo anencéfalo  (an + encéfalo) literalmente significa ausência de encéfalo, quando se  sabe que em verdade esses fetos possuem alguma estrutura do encéfalo,  como o tronco encefálico, o diencéfalo e, em alguns casos, presença de  hemisfério cerebral e córtex!
Alegam alguns que a sobrevida é muito pequena e que a maioria morrem  em seguida ao nascimento, o que é verdade, mas aí está a importância de  valorizar essa vida já tão frágil, de favorecer ao máximo a existência  desses fetos, não interessando se por algumas horas, dias ou meses, até  alguns anos!
E se vão morrer então porque não deixar que a natureza dite o seu ritmo?
 Os que lutam pelo aborto dessas crianças, justificam que a gestação é  um risco para as mães, gerando um sofrimento psicológico por saberem  que carregam uma criança “anencéfala” com pouquíssima chance de  sobrevida.
 Primeiramente, a alegação que a “anencefalia” do feto gera risco  materno é falsa, pois essas gestações não aumentam sequer um ponto nas  taxas de mortalidade materna, pelo contrário, a gestação levada a termo é  o mais natural e indicado, o que no caso do “anencéfalo” ainda é mais  fácil devido à diminuição do perímetro encefálico. A interrupção, sim,  pode ser um risco, seja através dos riscos inerentes de uma cirurgia  como a cesárea, ou seja através da possibilidade de uma ruptura uterina   provocada pela indução. Os riscos que podem ocorrer durante a gestação  dos “anencéfalos” são os mesmos que podem ocorrer numa gestação de um  feto sem “anencefalia”.
Quanto aos aspectos psicológicos, o aborto não muda em nada o fato da  mãe estar gestando um feto com “anencefalia”. A sua dor é a mesma, e só  será maior se invés de se amparar essa mãe ocorrer a apologia do terror  feito pela insensibilidade abortista ou pelo sentimento de culpa  provocado pelo aborto, gerando a Síndrome Traumática Pós-Aborto.
Se isso ainda não bastasse, há ainda a possibilidade de erro  diagnóstico! A imprensa relata o caso de Rafaela,  filha de Adriana  Medeiros Rocha, 30 anos, e de Reginaldo Rodrigues Rocha, que no seu  quinto mês de gestação recebeu do médico de Adriana, através do  ultra-som morfológico, diagnóstico “anencefalia” e sugeriu o aborto. E  ela disse não. “Eu disse que levaria até o fim. Eu só pensei no amor que  eu sinto por ela, e se realmente ela fosse anencéfala, eu doaria os  órgãos”, explica Adriana. Dois meses depois, no sétimo mês, Adriana  repetiu o ultra-som morfológico e o resultado mudou: foi constatada  apenas uma hidrocefalia com possibilidade de correção cirúrgica.
Basta um pouco de raciocínio para que logo se perceba que as razões  alegadas para o aborto dos “anencéfalos” não são sérias, e que se  escondem atrás da hipocrisia daqueles que querem a legalização do  aborto!
A Vida cumpre uma finalidade muito maior do que simplesmente a  existência material. Finalidade essa que muitos não conseguem perceber,  exigindo uma visão bem mais profunda, sensível e dilatada do ser humano,  muito além do que a percepção materialista-utilitarista pode oferecer.  Infelizmente, no momento atual em que vivemos, em que predomina a  superficialidade da vida e das aparências, poucos são aqueles que  conseguem preservar a sua humanidade. A maioria se deixa contaminar pela  frieza do tecnologismo, do egoísmo  e  da “coisificação” da vida. O ser  humano então não passa de uma “coisa”, um simples objeto que pode ser  descartado como descartamos o lixo em nossas casas! Essa é a triste  realidade da sociedade em que estamos vivendo
 
 Gilson Luís Roberto – Médico
 Fonte: forumespirita.net

Nenhum comentário:
Postar um comentário